por Beatriz Marques

Entre os restaurantes contemporâneos de Goiânia, é no Meze que mais se vê o Cerrado no prato. O retrato é fruto da pesquisa do chef Henrique Pontes que, desde a abertura da casa, há quase quatro anos, coloca em prática em suas criações ousadas. “Eu tenho influências de vários lugares no mundo, mas sempre foco nos ingredientes brasileiros”, explica Pontes.

Cannolo de siri com coco, bottarga, picles de pimenta biquinho e moqueca de cenoura (Foto: Beatriz Marques)

A cada três meses há um novo cardápio, onde exalta as particularidades da estação em criações com muita complexidade de sabores e de execução. Entre os pratos oferecidos no menu de inverno estavam o cannolo de siri, com siri, coco fresco, bottarga feita na casa, picles de pimenta biquinho e moqueca de cenoura (R$ 37); a broa de milho servida com pastrami de pato com crosta de pimenta-de-macaco, doce de cajuzinho do cerrado, conserva salgada de hibisco, brotos de mostarda e melado de cacau (R$ 36); o polvo grelhado com melado e nibs de cacau, pamonha de mangarito enrolada em alga nori e compota de cebola caramelizada, dashi de maracujá e cogumelo enoki fresco (R$ 105); e o sorbet de mel de cacau, financier de castanha de pequi, pera asiática marinada em kombucha de especiarias, queijo tropeiro, limão curado e pó de pera fermentada (R$ 35).

Sorbet de mel de cacau, financier de castanha de pequi, pera asiática, queijo tropeiro, limão curado e pó de pera fermentada (Foto: Beatriz Marques)

Já que a sazonalidade é levada a sério por aqui, é bem provável que outros protagonistas entrem em cena no próximo menu. “Quando começa a ‘estação da chuva’, é bom para comer cajuzinho, a cagaita e o pequi, que é considerado a trufa do Cerrado”, comenta o chef. É só aguardar.

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