Uma análise feita com os dados dos 2.286 restaurantes com estrelas Michelin de 16 países e com os dados dos 100 melhores restaurantes do mundo da lista “The World’s 50 Best” revelou que apenas 6% de todos os estabelecimentos são comandados por mulheres.

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O resultado, de acordo com os autores do levantamento realizado pelo site Chef’s Pencil, é um sinal da sub-representação das mulheres em posições de destaque nos ambientes de alta gastronomia.

O cenário é ainda mais preocupante, dizem os pesquisadores, quando se leva em consideração que a presença de mulheres no comando de restaurantes vem crescendo expressivamente na Europa e nos Estados Unidos nos últimos.

Embora a média mundial seja de 6% de mulheres no comando de restaurantes premiados, a situação é melhor ou pior em alguns países. Por exemplo, na Espanha e na Itália, as comedorias mais prestigiadas têm, respectivamente, 11% e 10% de chefs mulheres no comando.

Já em Singapura, Irlanda, Suécia e Dinamarca, não há restaurantes com estrelas Michelin liderados por mulheres. EUA e Reino Unido estão mais próximos da média mundial, com 7% e 8% de mulheres à frente dos melhores estabelecimentos de gastronomia.

Realizado há 20 anos, o The World’s 50 Best Restaurantes criou há 10 anos um prêmio especial para a melhor mulher chef do mundo (que inclusive já foi agraciado à brasileira Helena Rizzo, do Maní, e que, desde 2021, é jurada do reality show MasterChef Brasil).

“Até que as mulheres sejam igualmente representadas no setor de hospitalidade e ocupem posições elevadas nessa indústria, vamos continuar a fazer esse recorte para elevar as conquistas femininas nesses espaços”, afirmou William Drew, diretor de conteúdo do The World’s 50 Best Restaurants.

Se o estudo realizado pelo site Chef’s Pencil servir como indicador, o mais provável é que o prêmio de “melhor chef mulher do mundo” deverá ser realizado por mais algumas décadas.

(*) Da redação da Menu