28/11/2017 - 17:06
por Daniela Filomeno*
Para muitos, comer em Nova York é uma diversão, pois diz a lenda que se comer em um restaurante diferente por dia – almoço e jantar – durante um ano, não conseguirá experimentar todas as opções gastronômicas da cidade. Fora os deliciosos food markets, como o Eataly, Le District e Plaza Food Court… Então, onde comer na Big Apple? Aqui vão algumas dicas de onde costumo ir e outras que estou ansiosa para voltar.
A começar pelo descolado Gramercy Tavern: gastronomia de primeira em um ambiente cool e muito animado. Sim, a estrela Michelin que ostenta agrega, mas sua comida excelente, sem frescura, conta muito, afinal, foi eleito o melhor restaurante da cidade “pelas pessoas que o frequentam”. Entre as pedidas, a pasta de bolonhesa de porco é imperdível e vale pedir de entrada. A truta defumada com vinagrete é leve e saborosa. Para sobremesa, os cookies vêm com um copo de leite. E tem comida mais confortante? O preço é fixo: US$ 120 para três pratos.
O The Mercer Kitchen, no coração do Soho, fica em um amplo porão de um prédio histórico de 1800. Com cozinha aberta e mesas comunitárias, peça de entrada a pizza de trufas com queijo fontina (US$ 19). O famoso Mercer Burguer (US$ 24) com onion rings e avocado é pedida certeira. De sobremesa, o pudim de caramelo com flor de sal (US$ 11) vale cada caloria.
Deixe de lado o pomposo Daniel, do estrelado chef Daniel Boulud e fique com o Café Boulud. Ainda mantém a sofisticação, mas é mais amigável e pode experimentar delícias como peixe no papelote com purê de batata e alho-poró (US$ 44). Se tiver sorte, na sugestão do dia às vezes aparece uma releitura do carbonara com ervilhas, leve e delicioso.
O melhor está no Brooklyn
Sem se ofuscar pela vizinha Manhattan, o Brooklyn vem despontando no mapa gastronômico da cidade. E tem como trunfo um restaurante com três estrelas no guia Michelin e a melhor experiência gastronômica da cidade: o The Chef’s Table at Brooklyn Fare. Fotos não são permitidas, terno é obrigatório e as pessoas sentam-se em um balcão de inox, que forma um “O” em torno de sua cozinha. Um garçom posicionado no centro é o elo entre as criações do chef mexicano Cesar Ramirez e nós, clientes, ávidos por cada um dos quase 20 pratos do menu degustação.
A cozinha é definida pelo chef como “pratos desenhados com o que encontro de melhor de ingredientes no mundo”. A lembrança de uma gastronomia nipônica deve-se a grande parte dos itens vir do Japão, como o uni (ouriço-do-mar), servido em um delicado brioche com trufa negra, ou o ribeye de wagyu com um saboroso milho com wasabi. De sobremesa, o frozen suflê de baunilha dá a sensação de experimentar nuvens – literalmente evapora na boca. O valor da experiência? US$ 306 por pessoa (varia de acordo com os ingredientes frescos do dia).
* Publicado na coluna Hotspot, da edição 213
Café Boulud
Gramercy Tavern
The Chef’s Table at Brooklyn Fare
The Mercer Kitchen