Veja o produto da foto acima. Trata-se de um pó que imita o café. O que no Brasil as pessoas estão chamando de “cafake”, ou café fake, é vendido em supermercados na Alemanha.

Mas, como o próprio nome em alemão sugere, não é café. É um Kaffeeersatz. Um substituto. Em outras palavras, uma mistura de ingredientes tostados que lembra o aroma do grão original.

No caso da marca da foto, tem cevada, malte de cevada, chicória e centeio. Pode ser meio novo para quem está no Brasil, porque agora o “cafake” vem se espalhando pelos supermercados. Também, pudera, não é? O café ficou 50% mais caro em um ano.

Só que na Europa é um item comum. Inclusive há bastante tempo. A origem remonta ao século 18. O “cafake” era feito com a chicória seca e torrada. É que a chicória é uma planta nativa da Europa. Diferentemente do café, que vem da África.

Aí você imagina que, na verdade, nunca foi tão simples ter café, café mesmo, na Alemanha. Durante a Segunda Guerra Mundial e pouco depois, pior ainda. O continente passou por uma fase de escassez do produto. E precisou improvisar com a imitação, uma velha conhecida.

Hoje em dia, quem quer consegue manter o costume antigo. E economizar. Porque, além de não ter cafeína, a versão substituta também é mais barata.