Um estudo recente mostrou que as conversas fermentadas, e as fibras, podem contribuir para a redução do stress e, de quebra, ajudar a melhorar a saúde mental.

Segundo informações publicadas no site do World Economic Forum (Fórum Econômico Mundial), os mecanismos que sustentam o efeito da dieta na saúde mental podem ser explicados por meio da relação entre o cérebro e a microbiota como, por exemplo, a presente no intestino.

De acordo com a pesquisa, publicada pelo APC Microbiome Ireland, da Irlanda, pessoas que consumiram mais conservas e alimentos ricos em fibras em um período de quatro semanas relataram uma grande e perceptível redução nos níveis de stress.

Ao longo da última década, diversos estudos têm se dedicado a estabelecer relações entre a alimentação e seu impacto na saúde mental e no organismo, em geral. Nesta semana, por exemplo, uma pesquisa publicada pela USP em conjunto com outras universidades mostrou que o consumo de ultraprocessados, como salgadinhos, congelados, balas e refrigerantes, pode estar associado a morte prematura.

Por outro lado, dietas ricas em vegetais, alimentos saudáveis minimamente processados e, agora, conservas fermentadas e produtos ricos em fibras, parecem comprovar o que nossos antepassados já sabiam: quanto mais natural, melhor.

De acordo com o artigo publicado no World Economic Forum, a influência da qualidade da dieta e na saúde mental ainda não foi totalmente elucidada. Mas a hipótese mais provável é que uma microbiota forte e saudável tem efeito positivo sobre o cérebro, ajudando a regular elementos do organismo que contribuem para o stress excessivo.

Estudos anteriores demonstraram que o stress, e alterações do comportamento, também estão ligados à microbiota, por isso uma mudança real na alimentação pode, de fato, alterar essa população interna de micro-organismos “do bem” e, assim, impactar positivamente sobre o stress.

Outro dado interessante apresentado nesse estudo irlandês é que a qualidade do sono também aumentou, especialmente no grupo de pessoas que aumentaram o consumo de conservas fermentadas e de fibras alimentares.