O tabloide conservador New York Post, quarto jornal de maior publicação dos EUA, com tiragem diária média de 426 mil exemplares, foi acusado de machismo nesta quinta-feira (6) por causa de uma reportagem na qual “revela” os truques usados por algumas garçonetes para conseguir gorjetas mais generosas de clientes do sexo masculino.

O tabloide conservador New York Post, quarto jornal de maior publicação dos EUA, com tiragem diária média de 426 mil exemplares, foi acusado de machismo nesta quinta-feira (6) por causa de uma reportagem na qual “revela” os truques usados por algumas garçonetes para conseguir gorjetas mais generosas de clientes do sexo masculino.

+Garçonete conta como lida com ‘clientes escrotos’ e vira destaque no TikTok
+Cliente se arrepende e pede para garçonete devolver gorjeta de R$ 15,5 mil
+25 segredos que os restaurantes não querem que você saiba

O controverso artigo contou com depoimentos de várias atendentes que, supostamente, disseram que buscam seduzir os frequentadores de bares e restaurantes para ganhar uma gratificação maior.

De acordo com as entrevistas, o NY Post conclui que “garçonetes que tingem seus cabelos de loiro recebem gorjetas melhores”. Unhas bem-feitas, batom brilhante, imitar o sotaque do sul dos EUA, se debruçar sobre a mesa e usar shorts apertados também influenciam no valor da caixinha, acrescentou a reportagem.

A matéria vem recebendo uma enxurrada de críticas. Chelsea Steiner, editora do site The Mary Sue, escreveu um artigo em que diz que o texto “é um jeito de cruzar uma linha entre ‘mulheres bonitas ganhando dinheiro por causa do sexismo sistêmico’ para ‘mulheres estão me enganando ao servir filés de frango com um sorriso no rosto’”.

Ela continua: “É isso, New York Post, continue colocando um alvo nas costas das mulheres. Isso vai nos ensinar a como ganhar a vida!” As redes sociais também não perdoaram. No Twitter, uma usuária escreveu: “Uau! O New York Post realmente solucionou um mistério aqui”.

Não é a primeira vez que o New York Post se envolve em polêmicas do tipo. Em 2009, Sandra Guzman, ex-editora do jornal, entrou com um processo acusando a empresa de “racismo e sexismo sistêmicos”.

(*) Da redação da Menu