por Suzana Barelli

As importadoras de vinho começaram a primeira semana do ano com um gosto amargo na boca. O motivo desta ressaca foi o veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei que alterava as alíquotas do IPI para o vinho. O veto torna definitivo a alíquota de 10% do IPI para o vinho e de 20% para os vinhos fortificados do Porto e da Madeira.

A mudança do IPI movimentou o setor no final do ano passado. Para aumentar a arrecadação, o governo publicou uma medida provisória, válida a partir de 1º de dezembro, mudando a incidência do IPI em diversas bebidas. No vinho, o valor fixo, que chegava a até R$ 1, conforme o tipo de bebida e o seu país de origem, passou para 10%. A MP foi modificada no Congresso Nacional, por uma comissão que tinha o senador petista Humberto Costa como relator. O projeto de lei do legislativo baixava o IPI para 6% em 2016 e para 5% em 2017. Mas em 30 de dezembro este projeto de lei foi vetado pela presidente, que manteve as alíquotas estipuladas pelo então ministro Joaquim Levy.