por Cintia Oliveira*

Responsável por narrar com grande emoção os principais lances do mundo esportivo, como as conquistas da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo e os títulos do piloto Ayrton Senna na Fórmula 1, Galvão Bueno também quer deixar sua marca no mundo do vinho. A paixão pela bebida acabou virando negócio com a marca Bueno Wines, inaugurada em 2009 com a vinícola Miolo e o enólogo italiano Roberto Cipresso. Na entrevista a seguir, ele conta mais detalhes do seu lado enófilo.

Você viajou o mundo como narrador esportivo. E o que o levou a embarcar no mundo do vinho?
Em viagens para países europeus, eu me aproximei da bebida. Com o tempo, fui conhecendo produtores, provando vinhos e estudando as uvas para entender aquilo que diferencia uma garrafa e uma safra da outra. Nos últimos anos, essa paixão acabou virando um negócio igualmente apaixonante.

Quais foram os vinhos que marcaram sua vida?
Aprendi na Europa que mais importante do que um rótulo conhecido e apreciado é a ocasião, a mesa de amigos, a boa comida harmonizando com a taça. Essa “liturgia” em torno do vinho me fascina.

Você tem uma adega em sua casa? Quais são os vinhos que predominam?
Tenho uma na minha casa em Londrina (PR) e lá guardo uma seleção de vinhos do Velho Mundo, tintos em sua maioria. Mas não esqueço o Novo Mundo. Brasil em primeiro lugar, além de Argentina, Chile e Uruguai, sem falar em Califórnia, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul. Com o tempo aprendi também a apreciar os brancos e ninguém resiste a um bom rosé, que tem seu espaço e suas ocasiões.

Qual é o seu papel na Bueno Wines? Você participa diretamente da elaboração dos rótulos?
Quem me conhece sabe que gosto de opinar em tudo. Mas o Roberto Cipresso é um craque e estar com ele é um aprendizado constante. Ele tem profundo respeito pelas tradições e, também, está por dentro das novidades que podem acrescentar qualidade aos nossos rótulos. No mundo dos vinhos, a última palavra é a dele.

O vinho harmoniza com futebol?
O vinho harmoniza com as grandes celebrações. O futebol também. Acho que isso diz tudo.

* Entrevista publicada na edição 207