17/12/2018 - 8:00
Por Rogério Santos
Um dos maiores redutos gastronômicos do mundo, a cidade de São Paulo passa a contar com um colegiado direcionado ao fortalecimento do setor de alimentação na cidade. Trata-se do Observatório da Gastronomia, oficializado recentemente após assinatura de um decreto na prefeitura da capital paulista.
Lançado em 16 de outubro, o grupo de trabalho envolve a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, em conjunto com o setor privado e a sociedade civil. O objetivo é trabalhar em conjunto para potencializar ações do setor nas áreas de economia, cultura, segurança alimentar e sustentabilidade.
Uma pesquisa encomendada pelo Observatório da Gastronomia e divulgada semana passada revelou que os serviços que envolvem a gastronomia empregam 372,8 mil pessoas, o que representa 6,1% das pessoas ocupadas que residem em São Paulo. O levantamento também mostra que o número de empregos formais do setor registrou crescimento de 58% nos últimos dez anos.
“Com a assinatura do decreto, reconhecemos a gastronomia como uma vocação da cidade, gerando emprego e movimentando a economia. Precisamos explorar ainda mais esse potencial econômico e cultural da cidade”, afirma a secretária de Desenvolvimento Econômico, Aline Cardoso.
Ela participou do ato de assinatura que formalizou o Observatório da Gastronomia juntamente com chef francês Laurent Suaudeau, um dos apoiadores da iniciativa.
O Observatório da Gastronomia atua por meio de quatro comitês temáticos, formado por especialistas para viabilizar ações para cada um. São eles: comida de rua, combate ao desperdício, imagem e patrimônio, e qualificação e inclusão profissional. O colegiado também pretende utilizar equipamentos públicos para desenvolver cursos e criar espaços para troca de informações sobre alimentação, tendências e negócios.
Segundo a secretária, outra meta do Observatório da Gastronomia é a inclusão da cidade de São Paulo na Rede Cidades Criativas da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). “Vamos trabalhar por isso”, conclui a secretária.