da redação da Menu

Com a pandemia de coronavírus, a quarentena e o sistema de home office adotado por muitas empresas, os brasileiros passaram a se alimentar mais em casa. E isso fez o custo do tradicional “prato feito” (arroz, feijão, bife, batata frita e salada de alface, cebola e tomate) subir cerca de 4% no primeiro semestre deste ano.

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É o que indica estudo feito por Vagner Martins e Celso Vegro, pesquisadores da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que atuam no Instituto de Economia Agrícola (IEA).

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram os preços dos produtos mais usados no preparo do PF: arroz, feijão, carne bovina, carne suína, carne de frango, ovos, tomate e alface para a salada, batata, cebola e óleo de soja. Os custos com gás de cozinha, energia elétrica, dentre outros, não foram considerados.

Entre os meses de janeiro e junho, o preço das carnes suína e de frango registraram queda de 3,09% e 6,51%, respectivamente. Os demais nove produtos em análise seguiram caminho oposto, com destaque para as variações positivas de cebola (50,96%), feijão (37,61%) e batata (29,95%). O preço médio dos ovos variou 21,58%.

Ponderando o peso proporcional de cada um dos ingredientes na preparação do prato, foi detectado um aumento de 3,91% entre janeiro e junho, quando o custo para preparação do prato feito no domicílio passou de um valor mensal de R$ 186,70 para R$ 194,00.

Em comparação com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IPCA/IBGE), que em igual período acumulou queda de 0,47%, é possível afirmar que houve um aumento real no dispêndio com a alimentação no 1º semestre de 2020.

Para os pesquisadores, os preços dos alimentos usados para preparar um PF continuarão em alta nos próximos meses, pois a cadeia de distribuição de alimentos também está sendo afetada pela pandemia de coronavírus.