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A pandemia do novo coronavírus e as restrições impostas para conter a propagação da doença levaram bares e restaurantes do Brasil a demitirem 37% de seus funcionários, de acordo com pesquisa realizada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR) e pela consultoria Galunion.

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Segundo dados obtidos a partir do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor registrou saldo negativo de 236.350 postos de trabalho com carteira assinada em 2020 até setembro.

De acordo com o levantamento, 27% dos estabelecimentos apresentaram queda de faturamento acima de 50% em 2020.

A pesquisa indica ainda que 39% dos bares e restaurantes estão com impostos atrasados. Desse total, 34% irão aguardar opções de parcelamento e outros 31% dizem que conseguirão pagar apenas se houver descontos

Apesar das dificuldades, há algum otimismo no setor. Em agosto, 22% dos entrevistados afirmaram que fechariam as portas. O número agora é de 9%. Mais de 500 empresas de todo o país participaram da pesquisa, realizada entre 7 e 27 de novembro.

São Paulo
A ANR reforça que planos de recuperação para o segmento de bares e restaurantes são essenciais. Em São Paulo, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal (CCJ) aprovou na última semana parecer favorável ao Programa de Apoio ao Setor Gastronômico.

O projeto de lei 409/2020, de autoria do vereador Police Neto (PSD), tem o apoio da ANR e prevê incentivos fiscais e urbanísticos, incluindo isenção de IPTU e Taxa de Fiscalização de Estabelecimentos (TEF), para ajudar a conter o desmonte do setor.

A proposta também prevê o uso temporário de calçadas e outras áreas públicas para acomodar mesas e autorizar o serviço ao ar livre.