por Daniela Filomeno

A Puglia, no sul da Itália, é um convite ao dolce far niente: praias, cidades históricas, azeite, vinhos e ótima gastronomia fazem desse destino um dos mais cobiçados pelos europeus – e pouco a pouco os brasileiros estão descobrindo. A diversão é alugar um carro e se perder pelas cidadezinhas, uma perto da outra. E onde comer pela região?

Comece por Ostuni, conhecida como a cidade branca. Entre as muralhas medievais está a melhor pasta da Puglia, no Osteria Piazzetta Cattedrale (piazzettacattedrale.it), que, como o próprio nome diz, fica colado na catedral. O spaghettoni (um espaguete mais grosso) com aliche, creme de burrata e anchovas (€ 14) é de uma simplicidade tão incrível quando seu sabor. É daquelas comidas que sentimos falta depois de ir embora.

Ao pé das oliveiras e parreiras

Mesas debaixo de parreiras carregadas, ao lado de um jardim de oliveiras centenárias. Assim é o cenário do Anticalama (anticalama.it), no hotel de mesmo nome, em Pezze di Greco. Aproveite a culinária típica e comece pelo polpette di pane (polpetone de pão frito, € 8). Siga com o scrigni (lembra o ravióli) recheado de mussarela de búfala, tomates grelhados e cubos de carne bem torradinhoos (€ 12).

Modernidade no prato

Verdadeiro significado de cozinha autoral, o Due Camini (ristoranteduecamini.it) é um dos seis restaurantes do luxuoso hotel Borgo Egnazia, em Savelletri di Fasano. O chef Domingo Schingaro usa ingredientes locais e faz releituras de pratos, como o orecchiette com tomates, vagens e ricota fermentada (€ 23) e o frango com lúpulo, figos e pimentão recheado (€ 29). A maior surpresa fica com a sobremesa “crie sua doce combinação” (€19): uma caixinha com nove ingredientes chega à mesa e o cliente escolhe três deles para o chef elaborar seu doce na hora. E você é convidado para ver o preparo na cozinha. Inesquecível!

Rumo a Polignano

Não dá para falar de restaurante na Puglia sem citar o Grotta Palazzese (grottapalazzese.it), famoso por ocupar uma gruta na cidade costeira de Polignano a Mare. Desde 1700 essa caverna era utilizada para festas e banquetes dos nobres, com o nome de “di Palazzo”. É daqueles locais que vale ir uma vez na vida, pela experiência histórica em localização incrível. A comida não é extraordinária, mas o tartar de atum local (€ 12) é gostoso. Peça um bom vinho branco da região e aprecie a vista.