Antes de se tornar chef, o paulistano Marcelo Cafaldo já tinha sido manobrista, garçom, e até assistente de fotógrafo. Foi em 2000, com 1.500 euros no bolso e nenhuma estrutura garantida, que ele decidiu cruzar o oceano rumo à Itália.

Cafaldo arrumou seu primeiro emprego em um restaurante em Roma, durante as festas de fim de ano. De 2003 a 2006, conquistou estabilidade na gastronomia italiana, mas foi em Londres que sua carreira deu um salto. 

Na terra da rainha, trabalhou com chefs renomados como Nuno Mendes e Richard Gatehouse, cozinhou para personalidades como Princesa Anne e Michael Schumacher.

Após uma temporada no Brasil, Marcelo retornou a Roma e, em 2016, iniciou o capítulo mais ousado de sua jornada: comprou o restaurante L’Officina, assumindo uma dívida de 75 mil euros (o equivalente, na época, a cerca de meio milhão de reais).

Inaugurado em 2016, o L’Officina funciona no almoço e jantar, servindo ao menos 150 pratos por dia (Foto: Divulgação)

“Abrir um negócio não é uma tarefa fácil. Você não pode pensar em um restaurante como se ali fosse sua casa, ali é a casa dos seus clientes”, explicou o chef à Menu.

Quase dez anos depois, o local é referência no cenário gastronômico romando, frequentado por nomes do cinema e da televisão italiana, movimentando quase 1 milhão de reais por ano.  

“É uma coisa prazerosa. Cozinhar é mexer com a emoção, com a memória afetiva das pessoas, e isso acontece todos os dias dentro de um restaurante”, finaliza.