Basta uma visita a qualquer supermercado para constatar que os preços dos alimentos não param de subir. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aferido pelo IBGE, a inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 11,3%.

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O impacto no dia a dia, porém, é ainda maior. Segundo a economista Marcela Kawati, da Prada Assessoria, o tradicional prato feito (PF), servido em restaurantes de todo o Brasil, ficou 23% mais caro nos últimos 12 meses.

Para calcular o reajuste, Marcela verificou o aumento dos principais ingredientes de um PF (carne bovina, arroz, feijão, salada de alface e tomate e batata frita) em 16 capitais. O gás de cozinha e os temperos usados no preparo (cebola, alho, sal, óleo de cozinha e azeite) também foram incluídos na conta.

O maior aumento foi registrado na capital gaúcha, Porto Alegre, com alta de 34%. Em seguida aparece a região da Grande Vitória, no Espírito Santo, com 33%, e Aracaju, capital do Sergipe, com 32%.

“Todos os artigos dentro do prato feito estão subindo. São artigos essenciais, que as pessoas mais precisam. Isso está corroendo a renda principalmente dos mais pobres”, afirmou Marcela em reportagem ao jornal Extra.

“A inflação dos alimentos talvez seja o maior desafio para o setor agora. Viemos de dois anos de uma crise muito profunda por conta da covid. O preço dos insumos agora está no topo da preocupação”, avaliou Fernando Blower, presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio (SindRio).

(*) Da redação da Menu