da redação da Menu

A proibição da venda de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes de Belo Horizonte tem revoltado os donos dos estabelecimentos da cidade, que organizaram manifestações e entraram na Justiça para tentar reverter a medida.

+Belo Horizonte proíbe consumo de álcool em bares e restaurantes
+Russos terão que ficar 2 meses sem beber para tomar vacina contra covid
+Home office fez pessoas consumirem mais álcool, diz estudo

A decisão foi tomada pelo prefeito Alexandre Kalil na semana passada, com o objetivo de evitar aglomerações e conter o crescimento de casos de covid-19 na cidade.

Nesta quarta-feira (9), proprietários de bares e restaurantes da capital mineira levaram um carro de som para a frente da prefeitura e bradavam que os estabelecimentos não são responsáveis pela transmissão da doença.

Eles ainda afirmaram que a proibição da venda de bebidas alcoólicas levaria a muitas demissões no setor e apresentaram uma lista com dez motivos para que a medida seja revertida.

Em entrevista à rádio Itatiaia, Gabriela Vasconcelos, uma das líderes do movimento, disse que o decreto “coloca em risco mais de 14 mil bares, que geram mais de 30 mil empregos diretos e indiretos”.

Além disso, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG) acionou a Justiça contra a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), alegando “abuso de poder”.

Segundo o presidente da Abrasel-MG, Matheus Daniel, a entidade quer saber se existe alguma possibilidade de flexibilizar o comércio e consumo de bebidas alcoólicas nos bares e restaurantes.

O mandado de segurança será julgado pela 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Municipal da Comarca de Belo Horizonte, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

A Prefeitura de Belo Horizonte disse que ainda não foi notificada sobre o acionamento por parte da Abrasel.