Por Rogério Santos

Produtores da Serra da Canastra em Minas Gerais passaram a usar um selo de autenticidade no queijo produzido na região, conhecido internacionalmente. A medida visa combater a falsificação do produto. Na região são produzidas mais de 6 mil toneladas de queijo por ano.

Comestível, a etiqueta é feita de caseína (substância extraída da proteína do leite) e traz um número que permite ao consumidor identificar cada queijo, seu produtor e a data de produção. Na Europa, a maioria dos queijos de origem protegida já utiliza essa tecnologia.

A Canastra é a primeira região brasileira a utilizar esse tipo de ferramenta de rastreabilidade. “Nós tentamos até chip de identificação, mas eles não suportam a acidez do queijo, a caseína é naturalmente a melhor solução”, disse o presidente da Aprocan (Associação dos Produtores de Queijo da Canastra), João Carlos Leite.

A etiqueta é composta pela marca coletiva, indicação de procedência e código para rastreabilidade do produto. Inicialmente 23 produtores usaram a etiqueta e o número previsto é em torno de 246 mil queijos etiquetados até o fim de 2019.

A utilização do selo surgiu da necessidade dos produtores de proteger a origem do queijo e combater o uso indevido de procedência da região. “Com a etiqueta, vamos dar identidade aos queijos produzidos por nossos associados, rastrear os produtos através da sequência numérica, pois cada queijo tem um número exclusivo”, ressalta Leite.

Com sede em São Roque de Minas, a Aprocan atende toda a região da Canastra, os municípios de São Roque de Minas, Piumnhi, Vargem Bonita, Delfinópolis, Bambuí, Tapiraí e Medeiros. Já na cidade de Medeiros funciona a Aprocame (Associação dos Produtores de Queijo Canastra de Medeiros), cujos associados também estão ligados à Aprocan e que também utilizarão a etiqueta.