O The Spotted Pig, um dos restaurantes mais famosos de Nova York, serviu suas últimas refeições no domingo e não voltará a abrir.

O fechamento da casa é reflexo de um processo judicial aberto por 11 ex-funcionárias que alegam terem sido sexualmente assediadas por Ken Friedman e Mario Batali, dois dos sócios do restaurante.

Batali foi acusado por assédio sexual em outro caso, o que levou a seu desligamento da empresa Batali & Bastianich Hospitality Group, dona de diversos restaurantes e da rede de supermercados italianos Eataly, que tem unidades em vários países, incluindo o Brasil.

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A ação judicial foi aberta em 2018 e levou a uma investigação sobre o ambiente de trabalho no restaurante. Segundo a procuradora-geral Letitia James, o The Spotted Pig era hostil para as mulheres.

Entre os abusos, os chefs pediam fotos nuas às funcionárias, as tocavam sem que elas houvessem dado consentimento e pediam para que elas fizessem sexo com ele. Aquelas que reclamavam eram demitidas.

No começo de janeiro, o restaurante foi condenado a pagar uma indenização de US$ 240 mil às ex-funcionárias, que será dividida entre elas.

Além disso, 20% de todo o lucro que o The Spotted Pig obtivesse na próxima década deveria ser pago às vítimas. Com o fechamento da casa, porém, a empresa não será obrigada a pagar esse valor.

Desde sua abertura em 2004, no bairro de West Village, em Manhattan, o The Spotted Pig sempre esteve nas listas de melhores restaurantes de Nova York.

Em suas mesas sentaram clientes famosos como os músicos Courtney Love e Jay-Z e os atores Jude Law e Luke Wilson.