por Cintia Oliveira

Quando se fala em wasabi, a primeira imagem que vem à cabeça é a daquela pasta esverdeada, servida nos restaurantes japoneses como acompanhamento para sushis e sashimis. Mas, não se engane: o produto processado pela indústria é, na verdade, uma mistura de raiz-forte, mostarda e outros condimentos, que pouco lembra o sabor original da raiz de origem japonesa.

A versão fresca, mais conhecida como hon wasabi, tem como marca registrada o formato cilíndrico e irregular, o aroma herbal, a polpa esbranquiçada (parecida com o nabo) e sabor muito mais delicado que a pasta. Aliás, trata-se de uma combinação curiosa entre sutileza e personalidade. “Tem muito mais complexidade do que a versão industrializada”, comenta a chef Telma Shiraishi, do Aizomê, de São Paulo.

Encontrado principalmente no Japão e na China, o wasabi é de difícil cultivo e se adapta somente em regiões montanhosas e de água cristalina. E, com essa oferta limitada, o hon wasabi merece status de iguaria até no Japão. O preço do quilo pode chegar até a 500 dólares, o que dificulta à beça a chegada da raiz no Brasil.

Mas, nesta semana, a chef do Aizomê recebeu uma quantidade limitada de wasabi fresco, trazido diretamente do Japão, e tem oferecido aos clientes em seu menu-degustação e para acompanhar os sushis e sashimis servidos no balcão. “Trata-se de um produto muito sofisticado para os japoneses, que tradicionalmente consomem hon wasabi com o zaru soba (massa tipicamente japonesa, à base de trigo sarraceno)”, explica Telma. Outra curiosidade interessante sobre o wasabi fresco é que ele deve ser ralado na hora de servir, em ralador feito em pele de tubarão, para não oxidar.

A iguaria, em edição limitada, será servida até o fim dos estoques, que devem durar até o início da próxima semana. Imperdível.

Aizomê
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