A rede britânica Tomahawk Steakhouse fez um pedido nada agradável a seus funcionários: para sobreviver à crise econômica causada pela pandemia de coronavírus, os donos da churrascaria pediram para que seus funcionários devolvessem 10% de seus salários.

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Com 12 unidades na Inglaterra, a Tomahawk batizou a ideia de “empréstimo voluntário”, de acordo com reportagem do jornal “The Guardian”. A rede pede ainda para que os trabalhadores paguem o valor integral de seus planos de saúde e de aposentadoria.

“A companhia está com um problema de fluxo de caixa e pede sua ajuda”, escreveu a rede para seus cerca de 500 funcionários em uma carta. “Precisamos reabrir ao fim da quarentena”, acrescentou. Atualmente os restaurantes do Reino Unido estão fechados por causa da quarentena e só devem voltar a receber clientes no próximo dia 12 de abril.

Na mesma mensagem, os proprietários da empresa ressaltaram que apoiaram os funcionários durante toda a crise causada pelo coronavírus, sem demitir colaboradores, e “agora, respeitosamente, pede a ajuda de seus empregados nesses tempos tão difíceis”.

A Tomahawk Steakhouse prometeu que não fará novos cortes de salário e que irá ressarcir os “empréstimos” feitos pelos funcionários assim que a quarentena for suspensa e o faturamento da companhia voltar a níveis razoáveis.

De acordo com o sindicato GMB, que representa mais de 620 mil trabalhadores britânicos, os “empréstimos voluntários” não são ilegais, pois exploram uma brecha nas normas trabalhistas, mas são um “abuso ultrajante” de poder.

Howard Eggleston, fundador da rede de churrascarias, por sua vez, se defendeu e disse que “100% dos funcionários se prontificaram a ajudar a empresa”. “É um acordo voluntário e garantimos que iremos ressarcir nossos empregados assim que possível”, afirmou.

(*) Da redação da Menu