Fritadeiras são um dos piores equipamentos de uma cozinha profissional, por vários motivos: 1) fritar um alimento à perfeição é difícil; 2) faz muita sujeira; e, 3) são aparelhos perigosos e que podem causar queimaduras graves, por causa do óleo quente.

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Por esses motivos (e mais alguns), o Flippy, robô criado pela empresa norte-americana Miso Robotics, está chamando a atenção de donos de restaurantes nos EUA. Ele não é exatamente barato: custa US$ 3.000 por mês (cerca de R$ 17.200), mas pode trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem reclamar.

Além disso, o Flippy 2 (a versão que opera fritadeiras) preenche um espaço cada vez maior: a falta de mão de obra no setor de bares e restaurantes. Acostumados a pagar baixos salários para seus funcionários, o setor está tendo dificuldades para recontratar trabalhadores no mundo pós-pandemia, um problema que acontece não só nos EUA mas em outros países, como o Reino Unido e a Austrália.

Uma das redes que deve levar cada vez mais Flippies em suas lojas é a Buffalo Wild Wings, que pertence à empresa Inspire Brands. “Nossa estratégia não tem a ver com a falta de mão de obra, mas com a necessidade de aumentar nossa produção”, afirmou, em entrevista ao canal norte-americano CNBC, Stephanie Sentell, vice-presidente sênior para a operação de restaurantes da Inspire Brands.

Não dá para garantir que Stephanie esteja sendo totalmente sincera, claro. Mas é inegável que esses robôs estarão cada vez mais presentes em alguns tipos de restaurantes, especialmente redes de fast-food e dark kitchens.

A previsão, de acordo com a Miso Robotics, também é de que o Flippy ajude a quebrar algumas barreiras. Com isso, a empresa promete apresentar, aos poucos, robôs capazes de servir pedidos aos clientes e fazer a limpeza dos salões. Nada como uma pandemia e uma mudança brusca no modo de vida das pessoas para transformar cenas de ficção em realidade.

(*) Da redação da Menu