Por Suzana Barelli

O processo de salvaguarda para o vinho brasileiro começou ontem no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Nos próximos meses, a equipe de Felipe Hees, diretor do Departamento de Defesa Comercial do ministério, vai analisar os dados dos produtores e dos importadores, visitar vinícolas, conferir documentos e auditar informações até definir se a salvaguarda tem razão de existir ou não. Mas uma coisa Hees já sabe: se no final do processo for definido pela salvaguarda, ela será na forma de cotas para a importação de vinhos por países.

A explicação, disse Hees para a Menu, é que a tarifa de importação do vinho chileno já chegou a zero em 2010. Por causa de acordos entre o Chile e o Mercosul, o imposto de importação para o país andino foi sendo reduzido gradativamente nos últimos anos. Como o governo precisa adotar as mesmas regras para todos os países em uma eventual salvaguarda, só sobram as cotas como possibilidade de proteger o vinho brasileiro.