Estreante no ramo da hospitalidade, Alex Atala abriu as portas do Dalva e Dito, seu restaurante de cozinha tradicional brasileira, para receber o Resid Bar, nova casa cosmopolita nos Jardins. Recentemente, o chef se tornou sócio do clube privado Resid Club & Hotels e inaugurou o bar homônimo, assinando um menu estrelado por drinks vanguardistas e finger foods cheias de brasilidade.

Apesar de o bar ser inspirado no estilo de vida cosmopolita, herança das vivências da idealizadora Claudia Ribeiro Bernstein, o cardápio criado por Atala traz ingredientes tipicamente tupiniquins. Em entrevista ao site Revista Menu em evento reservado a convidados, o chef celebrou a nova fase e explicou o processo criativo para unir elementos do Brasil à atmosfera da metrópole norte-americana.

“A ideia é andar pelos biomas brasileiros, trazer a diversidade do país, mas também um belo que pode ser internacional”, conta o chef, explicando que o menu pode ser replicado em hotéis pelo Brasil. 

Questionado sobre ingredientes que captam sua assinatura brasileira, Atala é enfático: “Eu acho que tem que ter frescor. Eu pus uma barriga de porco com ova de salmão, são duas coisas gordas! Mas aí entra o cupuaçu…”

“Essa é a força que o Brasil tem: de pegar extremos e deixá-los harmônicos. Não dá para faltar um toque internacional, mas não pode deixar de lado esse jeitinho brasileiro, essa gracinha que a gente tem”, completa Alex Atala.

Panceta e ovas de salmão do Resid Bar (R$ 61,00, seis unidades)

Conceito de partilhar

O principal objetivo do menu assinado por Atala é o compartilhamento da comida entre a mesa, unindo e reforçando a conexão pessoal.

Eu acho que isso é uma história de bar, não é? Vou cometer um exagero aqui [risos]: você vai em um boteco e pode comer uma coxinha. Você também pode vir aqui e comer uma coxinha. A gente tem esses cuidados em gastronomia, mas nada mais é do que botar uma receita ou um ingrediente no seu melhor momento”, pontua o chef.

Gastronomia brasileira no cenário internacional

Perguntado sobre como enxerga a culinária tupiniquim no panorama mundial, o chef celebra: “Eu acho que a gente vem num bom caminho, uma muito boa crescente. Temos chefs muito bons. Antigamente, a alta gastronomia ficava em São Paulo e Rio. Hoje, você vai para Manaus, vai pra Belém, vai pra Salvador, vai pra Curitiba, vai para Porto Alegre… Tem chefs bons no Brasil inteiro”. 

E finaliza: “Eu sou um otimista. Acho que o governo precisa ajudar a promover, não os chefs de cozinha, mas as regiões e suas gastronomias e, com isso, os chefs da região. Não é um chef, mas o conjunto, cultura e comida”. 

O cardápio

Vale provar as clássicas Coxinhas (R$ 36, seis unidades), servidas com ketchup caseiro de goiaba, o Mila Lanche (R$ 46) na ciabatta, com fatias de bife à milanesa, rúcula, tomate e maionese da casa e o Polvo ao vinagrete (R$ 95), com ervas frescas e torradinhas para acompanhar.

Polvo ao vinagrete do Resid Bar

Na seção das bebidas, o destaque vai para as combinações do chef e dos desenvolvedores do projeto. O Drink da Clau (R$ 48) apresenta um sabor refrescante com toques de limão e lichia – a flor decorativa complementa o charme da bebida. Já o Drink do Alex (R$ 48) e o Drink do PH (R$ 52) combinam frutas especiais e bases de vermouth e bourbon, respectivamente.

Drinks do Resid Bar

Nas sobremesas, o sabor cítrico da Espuma de manga (R$ 42) com sorvete de coco, caramelo de gengibre e pó de semente de maracujá é ideal para quem prefere pratos refrescantes. Para os amantes de chocolate, o Chocolamour (R$49) com sorvete de chocolate, chantilly e farofa doce é a pedida ideal.

Serviço

Resid Bar

Rua Padre João Manuel, 1115, Jardins, São Paulo