A startup francesa Gourmey está desenvolvendo um produto que pode resolver um dos maiores dilemas da alta gastronomia: foie gras, o fígado gordo de patos e gansos, porém cultivado em laboratório.

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Apesar de ser bastante apreciada pelos chefs, muitos restaurantes têm evitado servir a iguaria. Isso porque o foie gras é obtido através da alimentação forçada de patos e gansos, prática que é considerada uma crueldade com os animais.

Para se ter uma ideia, apenas cinco países da Europa – Bélgica, Bulgária, Espanha, França e Hungria – permitem a fabricação do ingrediente.

Segundo a Gourmey, o foie gras de laboratório está livre dessa questão ética. A iguaria é desenvolvida a partir de células-tronco obtidas de ovos de patas, que são então “alimentadas” até chegar ao produto final.

Segundo a chef francesa Geraldine Amiel, o fígado de pato da Gourmey tem a mesma aparência e sabor do foie gras feito através do método tradicional (e insensível).

A startup pretende vender o produto pelo mesmo preço do foie gras tradicional – na França, o quilo da especialidade pode custar até € 200 (cerca de R$ 1.200). Por causa dos custos de importação e outros impostos, a iguaria é bem mais cara no Brasil, uma peça de 200 g pode sair por mais de R$ 1.000.

(*) Da redação da Menu