por Suzana Barelli*

A viognier é uma uva muito elogiada pelos especialistas. Tem aromas, personalidade e boa textura, que a torna gastronômica. E, para a sorte de seus apreciadores, que acompanhava a constante redução de seus vinhos em meados do século passado, a variedade foi redescoberta e hoje brilha não apenas na sua região de origem, como também em várias regiões vinícolas do chamado Novo Mundo. Nas dez questões deste quiz, teste o seu conhecimento sobre a variedade e confira, no final, as respostas.

 

1) A viognier é uma variedade branca é originária do:

  1. a) norte de Bordeaux
  2. b) norte do Rhône
  3. c) do sul da Borgonha

 

2) Na França, além de sua região de origem, a viognier é também muito cultivada:

  1. a) na Alsácia
  2. b) em Champanhe
  3. c) no Languedoc

 

3) Sobre a história da viognier, é possível afirmar:

  1. a) a uva quase desapareceu em meados do século passado, por falta de interesse dos vinicultores
  2. b) sempre foi a preferida dos papas e faz parte do blend do Châteauneuf-du-Pape
  3. c) nasceu como uma variedade tinta e virou branca por mutação genética

 

4) Sobre o plantio da viognier, na comparação com a década de 1960 e a atual, pode-se afirmar:

  1. a) havia 100 hectares cultivados com a uva em Condrieu e agora são 1.000
  2. b) havia menos de 10 hectares e atualmente são mais de 160 hectares
  3. c) havia 50 hectares e agora são 900

 

5) A viognier é constantemente mesclada com:

  1. a) a também aromática sauvignon blanc
  2. b) a torrontés, formando um blend clássico do norte da Argentina
  3. c) com a tinta syrah

 

6) Quando mesclada com a variedade tinta, a viognier:

  1. a) ajuda a estabilizar a cor do vinho e traz mais aromas
  2. b) traz maior acidez ao vinho
  3. c) deixa o vinho mais encorpado

 

7) São descrições associadas à viognier:

  1. a) aromas de damascos, mel, floral e corpo de média intensidade
  2. b) aromas de pêssego e morangos e muita acidez
  3. c) aromas de frutas tropicais, corpo médio e baixa acidez

 

8) Nas harmonizações gastronômicas, a viognier:

  1. a) pede pratos mais leves e frutados
  2. b) é um coringa para combinar com os vários queijos
  3. c) como tem peso semelhante ao do chardonnay, pede receitas mais pesadas, inclusive com molhos à base de carne

 

9) O Château Grillet é:

  1. a) uma pequena apelação de viognier, ao sul de Condrieu
  2. b) o nome de um château de Bordeaux
  3. c) uma AOC de Châteauneuf-du-Pape

 

10) São regiões produtoras de viognier:

  1. a) Maremma, na Itália, e Stellenbosch, na África do Sul
  2. b) Mendoza, na Argentina, e Languedoc, na França
  3. c) Alsácia, na França, e Stellenbosch, na África do Sul

 

respostas: 

1 – B: A viognier é uma variedade do norte do Rhône, provavelmente da região de Condrieu e imediações

2 – C: no Languedoc, que descobriu a uva quando ela estava quase desaparecendo dos vinhedos franceses

3 – A: A viognier quase desapareceu por falta de interesse de seus produtores e dos consumidores. Na década de 1960, havia pouquíssimos hectares plantados com a variedade. Ao migrar para o Languedoc e depois para outros países, acabou sendo redescoberta

4 – C: Em 1965, havia menos de 10 hectares plantados com viognier em Condrieu e agora são mais de 160 hectares

5 – B: No Rhône, a viognier é muitas vezes mesclada com a syrah

6 – A: A viognier é mesclada com a syrah como maneira de ajudar a estabilizar a cor e, em alguns casos, dar maior aroma ao vinho

7 – A: A viognier é conhecida pelos aromas de damascos, pêssegos (as frutas de caroço), notas florais, de mel, corpo médio, baixa acidez e notas minerais

8 – C: A viognier é um coringa, com maior corpo e boa textura para combinar com queijos. Seu vinho tem o mesmo peso do chardonnay, o que pode harmonizar com molhos mais espessos, mas dificilmente com molhos tintos

9 – A: Château Grillet é uma pequena e única apelação de viognier ao sul de Condrieu

10 – B: Em Mendoza e em Languedoc há vinhedos em quantidade crescente de viognier

 

Fontes: Wine Grapes, de Jancis Robinson e outros; Comida e vinho – Harmonização Essencial, de José Ivan dos Santos e José Maria Santana

*Teste publicado na edição 203 da Menu