Mais um motivo para deixar de consumir alimentos ultraprocessados, como salgadinhos, refrigerantes, refeições congeladas e macarrão instantâneo. Segundo estudo divulgado nesta semana por pesquisadores da Universidade de São Paulo, comer com frequência esses produtos pode acelerar o declínio cognitivo em quase 30%.

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Apresentado na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer nos Estados Unidos, o levantamento coletou, ao longo de 10 anos, informações de 10.775 brasileiros entre 35 e 74 anos. Esses dados foram divididos em quatro grupos, de acordo com a ingestão diária de ultraprocessados.

Segundo a pesquisa, quando mais de 20% das calorias diárias de uma pessoa são provenientes desses alimentos, o impacto cognitivo é 28% maior em comparação com as pessoas que ingeriram menor quantidade desses produtos.

O declínio cognitivo prejudica a memória e o aprendizado, mas é um processo normal e do corpo humano, que acontece por causa do envelhecimento. Os ultraprocessados, no entanto, aceleram esse processo.

“Cada alimento que ingerimos é metabolizado e o cérebro o processa. No caso de alimentos ultraprocessados, o cérebro vicia facilmente e sente prazer com açúcar e gordura. Uma má alimentação pode contribuir para acelerar doenças como Alzheimer e Parkinson, além de comprometer a memória e levar a quadros de depressão e de ansiedade”, afirmou o neurocientista Leandro Freitas Oliveira em entrevista à Folha de S. Paulo.

Por isso, a recomendação dos especialistas é remover totalmente da dieta esses alimentos ou, se não for possível, evitar ao máximo seu consumo. No lugar desses produtos, a sugestão é aumentar o consumo de frutas e vegetais e dar preferência a aves e peixes como fonte de proteína.

(*) Da redação da Menu