06/08/2014 - 17:27
Por Suzana Barelli
Chama a atenção a quantidade de vinícolas chilenas que estão repensando o estilo dos seus vinhos, procurando brancos e, principalmente, tintos mais elegantes e menos potentes. O exemplo mais conhecido é da De Martino, que fez uma mudança radical nos vinhedos e na vinícola para obter vinhos mais puros. Mas ele não é o único. Nesta semana, Sebastián Bisquertt, dono da viña Bisquertt, veio ao Brasil acompanhado do italiano Alberto Antonini, seu enólogo consultor, para apresentar seus novos vinhos, que só chegarão ao mercado no final deste ano, importados pela World Wine.
Na taça, são tintos que mostram esta proposta de goles mais gastronômicos, não tão alcoólicos, não tão potentes. Antonini, conhecido dos brasileiros pelo Alto Las Hormigas, sua vinícola na Argentina, conta que aceitou o desafio por querer conhecer mais da região de Marchihue, a zona mais próxima do oceano Pacífico, no vale de Colchagua, no Chile. “É uma zona de solo granítico e de vinhos de muita personalidade”, conta ele. Dos sete vinhos provados, o destaque foi o Ecos de Rulo Cabernet Sauvignon 2012 (R$ 83), um tinto que já foi mais potente, em safras passadas, e se mostrou complexo, com uma pureza da fruta, redondo, longo. Gostei muito também do Crazy Rows 2013, um lançamento, elaborado com a menos conhecida uva cinsault. Custará R$ 130, quando chegar ao mercado.
P.S. Para quem quer saber mais de vinhos chilenos, acontece hoje a tarde o 4. Tasting Wines of Chile, em São Paulo. É no hotel Unique (av Brigadeiro Luis Antônio, 4.700), até às 20 horas.