Da redação da Menu

De Nova York à Mendoza, 11 cidades celebraram ontem, pela primeira vez, o Dia Mundial do Malbec. Na 12ª parada, São Paulo, as comemorações estão marcadas para hoje, 18 de abril. Instituida pela Wines of Argentina, a ideia da data é promover pelo mundo afora a cepa tinta emblemática do país, responsável por quase 50% das exportações de vinho argentino. Inspira-se, talvez, no Dia da Grenache, comemorado pela primeira vez em 24 de setembro de 2010. Na ocasião diversas ações incentivaram o consumo de vinhos feitos com esta uva, terminando com um simpósio que reuniu personalidades da área como o inglês Steven Spurrier e o francês Michel Bettane.

Na comemoração brasileira, seis especialistas, entre sommeliers, jornalistas (inclusive Suzana Barelli, diretora da Menu) e diretores da Associação Brasileira de Sommeliers, vão comentar, cada um, seis vinhos, todos elaborados, majoritariamente, com a cepa. Pelo mundo, o Dia do Malbec foi marcado por passeios de balão, debates e até por um leilão de malbecs antigos, como o Trapiche Malbec 1975 e o Finca Flichman Caballero de la Cepa 1981.

Todas ações para homenagear um país que respira malbec. A variedade, trazida da França por Michel Pouget, na década de 1850, é plantada de norte a sul do país, sempre ladeada pela Cordilheira dos Andes. No vale de Cafayate, em Salta, estão os vinhedos mais altos com a cepa, da vinícola Colomé. Ao sul, na Patagonia, também há Malbec, como os cultivados em viñas de mais de 50 anos, das bodegas Noemia e Humberto Canale. Mas é em Mendoza e sub-regiões que estão a maioria dos vinhedos de malbec e seus vinhos de estilos variados – dos mais simples, no qual a fruta madura e os taninos macios são o destaque, àqueles mais complexos, encorpados, longevos.