11/06/2019 - 19:00
da redação da Menu
Imagine um restaurante no qual todos os funcionários têm algum tipo de deficiência. Este é o Universo Santi, um espaço especial na cidade de Jerez, no sul da Espanha.
A casa emprega 20 funcionários, com idades entre 22 e 62 anos, recrutados de uma lista original de 1.500 concorrentes. Entre os pré-requisitos para ser escolhido, era necessário estar desempregado e ter uma deficiência com mais de 35% de dificuldade.
“As pessoas não vêm aqui só porque os funcionários são pessoas com deficiência, mas porque é o melhor restaurante da região. Seja qual for a razão pela qual eles vieram, a conversa é sobre a comida”, explica Antonio Vila, presidente da Fundação Universo Acessível, organização sem fins lucrativos por trás do Universo Santi.
Um bom exemplo entre os escolhidos é Alejandro Giménez, 23 anos, que tem síndrome de Down e é chef de cozinha. Segundo ele, a oportunidade de trabalhar no Universo Santi deu a ele a chance de ser independente fazendo algo que sempre amou desde criança, cozinhar.
“Sempre quis mostrar o que as pessoas com deficiência, com o treinamento certo, eram capazes”, complementa Vila. “Eles não estavam representados no mundo da alta gastronomia. O Universo Santi rompeu essa barreira”.
A expectativa é que o restaurante faça parte do Guia Michelin em breve. Segundo informações do The Guardian, os avaliadores já provaram o cardápio do Universo Santi, que sai por 60 euros – cerca de R$ 262 -, bem mais em conta do que a maioria dos estrelados.