da redação da Menu

Para a empresa israelense Hargol, os gafanhotos são o alimento do futuro. Falta
“apenas” convencer as pessoas que é vantajoso consumir os insetos, que são ricos em proteína e cuja criação tem pouco impacto ambiental, de acordo com Dror Tamir, CEO da Hargol.

Tamir criou a empresa há quase 7 anos e sonha em ser o primeiro criador de gafanhotos em escala comercial. Para concretizar esse objetivo, ele sabe que não pode simplesmente contar com a boa vontade dos consumidores – afinal, gafanhoto não é chocolate.

+Pesquisadores belgas fazem manteiga com larvas de inseto
+Startup desenvolve sorvete feito com insetos
+Supermercado do Reino Unido começa a vender insetos grelhados

Por isso, a Hargol (que significa gafanhoto em hebraico) transforma os animais em um pó altamente proteico, que depois é usado para fazer barras energéticas, biscoitos e falafel (bolinhos de grão-de-bico).

“Eles têm tudo de bom, sem o mal”, afirmou Tamir em uma entrevista à agência de notícias France Presse. O “mal”, nesse caso, seriam gorduras saturadas e colesterol, explica o empresário, o que tornariam os gafanhotos substitutos ideais de outras fontes de proteína, como a carne bovina.

A seu favor, o CEO da Hargol lembra que 2,5 bilhões de pessoas consomem insetos regularmente, especialmente na Ásia e na África. A dificuldade ainda é convencer os consumidores europeus e norte-americanos. Segundo Tamir, ainda é muito difícil superar o fator “nojo”.

De qualquer formar, a Hargol não vai desistir. Seu próximo passo é vender gafanhoto em pó para fazer panquecas. Quem sabe disfarçando o gosto fica mais fácil de convencer os clientes a comerem o inseto?