Apesar de considerada censurável por órgãos de defesa do consumidor e outras entidades, a venda de sobras de alimentos, como pele de frango e ossos, é uma prática cada vez mais comum e reflexo da inflação, que acumula alta de 11,89% nos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE.

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Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, no entanto a venda de carcaças e outras sobras “são uma forma criativa de mostrar alternativas, vamos dizer assim, para aquele consumidor que eventualmente está procurando algo um pouco diferente”. A declaração foi feita durante entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (14) e publicada pela Folha de S. Paulo.

Milan declarou que a venda de todos esses produtos é permitida pela legislação e regulamentada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Milan disse ainda que esses casos são pontuais.

Também em entrevista à Folha, Rodrigo Afonso, diretor-executivo da organização não governamental Ação da Cidadania, condenou a declaração e disse que os supermercados se aproveitam da fome das pessoas para lucrar. “Por mais que seja pontual, é um absurdo que os supermercados deixem isso acontecer”, avaliou.

(*) Da redação da Menu