Recentemente, investigadores espanhóis fizeram uma descoberta arqueológica importante para a enologia: o vinho mais antigo do mundo, conservado desde o século I d.C., há cerca de dois mil anos. A relíquia foi descoberta em Carmona, na região da Andaluzia, na Espanha — que costumava ser território romano.

Encontrada em uma urna funerária de 3,29 metros de comprimento e 1,73 metro de largura, a bebida foi encontrada misturada a restos mortais humanos cremados. De acordo com a análise do líquido, trata-se de um vinho branco, apesar de sua coloração escura. Isso porque testes não indicaram presença de ácido siríngico, um polifenol específico encontrado nas uvas usadas para produzir vinho tinto.

Segundo o estudo publicado no “Journal of Archaeological Science: Reports”, a coloração escura seria o resultado da mistura com as cinzas do que acredita-se ter sido um homem de 45 anos. Um anel de ouro também foi encontrado no líquido.

Na análise, ainda foi indicado que o líquido encontrado é similar aos vinhos produzidos na região atualmente. Apesar disso, a bebida antiga é apontada como tendo pH mais alto do que as atuais.