O produtor Jean-Luc Thunevin (esq.) e sua esposa, Murielle Andraud (foto: divulgação)

por Suzana Barelli

Por R$ 310, é possível conhecer um pouco do estilo do “bad boy” Jean-Luc Thunevin. O valor corresponde à garrafa do Le Clos du Beau-Père 2006, na importadora Casa do Porto, em São Paulo. Este tinto de Pomerol, elaborado por Thunevin em uma das sub-regiões de Bordeaux não é, exatamente, acessível. Mas se torna barato quando comparado com os R$ 3.200 do Château Valandraud 2005, o principal vinho deste produtor de Saint-Emílion.

Pioneiro no conceito de vinho de garagem – na década de 1990, seus primeiros vinhos eram, literalmente, elaborados na garagem de sua casa, junto com sua mulher Murielle Andraud –, Thunevin veio pela segunda vez ao Brasil no final de fevereiro para divulgar seus vinhos. E, entre uma degustação e outra, ele disse acreditar na queda de preços dos tintos de Bordeaux nos próximos anos. A safra de 2009 do Château Valandraud foi lançada na França por 400 euros a garrafa. E a de 2012, que não foi considerada excepcional como a de 2009, por 150 euros. “A vocação de Bordeaux não é fazer vinhos para milionários”, afirma o produtor, que ganhou o apelido de “bad boy” do crítico norte-americano Robert Parker, um dos primeiros a pontuar com ótimas notas seu vinho.